terça-feira, 31 de março de 2015

A gente passa a gostar menos do cão depois que o bebê nasce?

Sendo amante dos animais e mãe de duas bebês peludas super mimadas, vários dos comentários e perguntas que eu mais ouvia na gravidez eram relacionados a elas: "E o que você vai fazer com as cachorras depois que o bebê nascer? Elas vão sentir muito ciumes, cuidado!" "É, os dias de folga delas, com acesso a cama e todos os cômodos da casa, estão contados!".

Isso me deixava intrigada, porque as pessoas pareciam ter a certeza de que, uma vez que o bebê chegasse, não haveria mais espaço para elas na minha vida. 

Minhas bebês de quatro patas, de alguma forma, me prepararam para a maternidade. Há muitos anos eu já estava acostumada a pensar que dois seres vivos indefesos dependiam de mim, que eu precisava alimentá-los, dar banho, limpar sua caca e, principalmente, dar muito amor! Que eu não tinha a liberdade de simplesmente sair de casa por muito tempo antes de arrumar alguém - de confiança - para cuidar delas, mas que toda e qualquer privação valia a pena, pois nada pagava a alegria que elas traziam às nossas vidas!

Convenhamos que estar habituada a isso tudo ajuda bastante quando nos tornamos mães de bebês humanos. Como agora, então, de uma hora para outra, eu ia simplesmente deixá-las de lado??? Aquelas que foram minhas companheiras e me ensinaram tanto durante anos! Isso não entrava na minha cabeça!
Eu estava decidida a mudar o mínimo possível o tratamento das minhas peludas depois que a Isabela nascesse.

Confesso, no entanto que, lá no fundo, eu me perguntava "Será que minha vida vai mudar tanto que vai realmente ser impossível ainda gostar tanto delas?" "Será que depois de conhecer 'o maior amor do mundo', ainda sobrará amor para elas?".

Li muito sobre o assunto durante a gravidez e me preparei o máximo possível para que a Isabela fosse acolhida por elas como um novo filhote na matilha e, não, como uma ameaça. (Em breve, farei um post sobre como preparar o cão para a chegada do bebê)

O tempo passou, nossa filha nasceu e, com o nascimento dela, conheci o maior amor do mundo!!! Sim, o que as pessoas contam sobre esse sentimento é verdadeiro! Mas e quanto à previsão de que minhas bebês caninas não teriam mais espaço nas nossas vidas? Era verdade também?

Hoje, tendo passado pela experiência, posso dizer com propriedade que o amor que sinto pelas minhas peludas permanece o mesmo, inabalado! Sim, elas continuam dormindo na nossa cama, subindo no sofá, tendo acesso a todos os cômodos da casa e ganhando muitos beijinhos e carinhos, como sempre ocorreu!

Nossa filha humana convive com suas irmãs caninas em perfeita harmonia! Ok, alguns brinquedos infantis são furtados e alguns tufos de pêlos arrancados, rs! Mas, no geral, todos se dão muito bem!
 



Por isso, se você tem um bebê de quatro patas, está grávida e escutando os mesmos comentários que eu escutei, não dê ouvidos! Tenha certeza de que o afeto pelo seu companheiro vai perpetuar, pois o bebê chega para trazer ainda mais amor para dentro da família e, jamais, para diminuí-lo! :)

 

6 comentários:

  1. Não tenho filhos de 2 "patas" ainda... mas sei esse amor. Sei que o dia que for mãe vou apenas amar uma pessoa a mais :) e adorar ver meu filho puxando os pelos e pentelhando a Akatah

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    1. Juliane, é exatamente isso: apenas amar uma pessoa a mais! <3

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    1. Vindo de você, que tem uma história bem parecida com a minha, fico feliz de saber que traduzi bem em minhas palavras o nosso sentimento! :)

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  3. Adorei! Muito bem argumentado! Bravo!!!

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